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O lambeossauro viveu no fim do período cretáceo tardio. Tratava-se de um hadrossaurídeo de crista oca que viveu na mesma época e nos mesmos lugares que o coritossauro e o parassaurolofo.
Uma espécie de lambeossauro comum em Alberta tinha uma crista semelhante a uma machadinha encrustada no topo da cabeça. A parte frontal da crista era robusta e apontava para a frente, logo acima dos olhos. A crista era oca e estava conectada às narinas. A cavidade nasal descia pela parte de trás da garganta até os pulmões. Era essa porção oca da crista que conseguia produzir sons em baixa freqüência para a comunicação entre membros de família ou no interior de grandes rebanhos. A segunda parte da crista ficava mais atrás na cabeça e era sólida. Essa "presa" projetada para trás provavelmente sustentava um folho de pele que se estendia ao longo do dorso do animal, até as costas. Aparentemente, só os machos tinham essa presa e ela foi identificada em apenas metade dos crânios encontrados.
Outra espécie do lambeossauro era muito mais rara. Sua crista era muito grande e se alargava para frente e para cima, do topo da cabeça. A presa sólida que se estendia para trás era provavelmente menor, mas pode ainda ter sustentado um folho de pele que se estendia sobre o dorso do animal.
O esqueleto do lambeossauro era robusto, com patas traseiras e dianteiras longas e também robustas. A cauda era longa e ficava em posição reta quando o animal caminhava. Devido às cristas, os paleontologistas acreditavam que o lambeossauro e outros hadrossaurídeos tivessem vivido na água e que usassem as cristas como tubos de respiração ou reservatórios de ar. Eles podem ter entrado na água ou nadado ocasionalmente, mas todos os hadrossaurídeos viviam em terra.
O nome lambeossauro, cunhado em 1923, quer dizer "réptil de Lambe", em homenagem a Lawrence Lambe, seu descobridor. Lambe descreveu o primeiro espécime do lambeossauro sob o nome stephanossauro, em 1914 (Lambe não acreditava que se constituísse um novo genus). O lambeossauro era parente próximo do coritossauro e do hipacrossauro. Alguns cientistas acreditam que um dinossauro gigante (16 metros) dotado de bico, cujos fragmentos foram encontrados na Baja Califórnia, possa ser uma espécie nova de lambeossaurídeo.
